O caso de Chunky é tão chocante que a inspetora da Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) responsável o classificou como “o mais perturbador” de que teve conhecimento.
É uma história com um final feliz, mas a tortura a que este pequeno cão foi sujeito pode perturbar os leitores mais sensíveis.
Caroline Doe, inspectora da RSPCA (a entidade que tutela o bem-estar animal em Inglaterra e Gales), ficou chocada quando na mesa lhe caiu o processo de Chunky, um chihuahua que tinha sido roubado a uma família por quatro adolescentes.
“Os jovens admitiram ter dado drogas ao Chunky, pontapés e murros e torcido e partido o pescoço antes de o deitarem fora. Também confessaram que atearam fogo ao focinho e aos olhos através de uma lata de desodorizante com aerossol”, narrou a responsável da RSPCA.
“Tudo isto me provocou calafrios”, admitiu Caroline Doe.
O final feliz começou nos serviços da RSPCA, que trataram o chihuahua até este recuperar a saúde.
“Nunca mais vou esquecer como ele estava aterrorizado e deprimido da primeira vez que o vi. As lesões eram tão graves que, apesar dos fantásticos cuidados e da medicação, não conseguíamos diminuir-lhe a dor. Ele agonizou pelo menos seis dias, segundo os nossos especialistas veterinários”, revelou a inspetora.
Os quatro rapazes, por serem menores de idade, não foram identificados publicamente. A RSPCA salientou que assumiram a culpa dos crimes e foram condenados a pagarem multas de 500 libras (dois deles), 1000 e 5800 libras.
“Este foi, sem qualquer dúvida, o processo mais perturbador com que tive de lidar. Mas por larga distância”, acrescentou ainda Caroline Doe.
“Os arguidos podem ser jovens e ter confessado a prática dos crimes por estarem sob influência de drogas, mas a crueldade que infligiram neste pobre cão foi extrema, bárbara e indesculpável”, ajuizou a inspetora.
Após uma recuperação “milagrosa”, Chunky foi devolvido à família.